Fernando Haddad (Crédito: USP/SP)
Mais uma semana tensa em Brasília para o governo Luiz Inácio Lula da Silva. O Palácio do Planalto na expectativa dos resultados da pesquisa trimestral Quaest que será divulgada nesta quarta-feira (04). A pesquisa mede a popularidade do governo e com esse emaranhado de problemas, que a pelo INSS e IOF, poucos tem esperança de que o resultado vai ser bom para o governo Lula. O senador Paulo Paim (PT/RS) afirmou que “pesquisa é um retrato do momento e pode apresentar resultados diferentes depois”.
Cenário não é bom
A Quaest ouviu 2004 pessoas no Brasil inteiro. O cenário para o governo não é bom. porque além da inflação de maio ter sido um pouco mais alta que a de abril, e dos juros terem subido em maio, restam os escândalos e ameaças de Is por conta da volta da corrupção. O governo vai ter que intensificar suas ações junto ao Congresso Nacional para evitar um desastre maior.
Retrato do momento
Paulo Paim (Crédito: Mário Agra/ Câmara dos Deputados)
Na opinião do senador gaúcho Paulo Paim, “a pesquisa é sempre um retrato do momento. Um levantamento divulgado hoje pode apresentar resultados diferentes de outro realizado daqui a seis meses ou um ano. Neste momento, prefiro não me manifestar, pois aguardo o resultado da pesquisa da Quaest que será divulgado nesta quarta-feira”.
De olho nas negociações
O presidente Lula viaja, na noite desta terça-feira, com os radares voltados para a economia e as negociações que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad vem desenvolvendo com os presidentes da Câmara e do Senado, principalmente para definir uma solução sobre o imbróglio do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
Sinalização positiva
Depois do festival de especulações, no final de semana, o ministro da Fazenda Fernando Haddad se apressou para esclarecer alguns pontos, cedo da manhã de segunda-feira, antes de entrar no ministério. Disse que a proposta para o IOF será apresentada até hoje (03). Ele afirmou que recebeu do Congresso Nacional, uma sinalização que vai ao encontro do que o Ministério da Fazenda já defende, ou seja, rever alguns benefícios que hoje chegam a R$ 800 bilhões. Outro ponto abordado pelo ministro é que ele pensa, mais uma vez, em promover reformas estruturantes. Haddad ite que as mudanças no IOF são ‘paliativas’ e não resolvem o problema, mas diz ser preciso ir ‘mais a fundo’ para não ter que voltar a discutir este assunto no ano que vem.
Conversas evoluíram
Fernando Haddad apontou ser necessário resolver não só o problema de 2025, mas também os problemas dos anos seguintes. Ele afirmou que as conversas com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União/AP), evoluíram e deixaram a Fazenda confortável de oferecer alternativas a longo prazo.
Simetria regulatória

Entidades ligadas à radiodifusão defendem, em Paris, simetria regulatória. O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento do artigo 19 do Marco Civil da Internet na quarta-feira (4). “Que nós cheguemos a algum consenso e que tenhamos regras mais ou menos duradouras até que o Congresso se debruce sobre o tema novamente”, disse o ministro Gilmar Mendes, presente no encontro em Paris
Câmara não cumpre acordos
O deputado Maurício Marcon (Podemos/RS) volta a criticar a atuação do presidente da Câmara. O parlamentar reclama por Hugo Motta, não cumprir acordos com a oposição, como incluir o projeto da anistia na pauta de votações e criar uma I para investigar fraudes contra aposentados no INSS.
Povo prejudicado
Na opinião de Mauricio Marcon, as decisões da Câmara têm sido ignoradas por outros Poderes e o Congresso perdeu relevância. Ele se queixa de tentativas de censura e de perseguição política e afirma que o maior prejudicado pela hesitação da Mesa da Câmara, é o povo brasileiro.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa