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Impactos da política de Donald Trump na economia   3td26

Ilustração produzida com recursos da  inteligência Artificial (Edgar Lisboa)

Os efeitos das medidas que começaram a ser tomadas pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a economia, a geopolítica global e as relações comerciais entre Brasil e EUA, foram avaliadas, em entrevista, nesta terça-feira (21) pelo CEO da Câmara Americana de Comércio para o Brasil, Abrão Neto. O deputado petista Bohn Gass disparou: “Trump cria factoides, discursos que não se viabilizam”.

Mudanças são constantes 

Na avaliação de Abrão Neto, “é uma mudança importante no cenário internacional, que obviamente tem efeitos igualmente importantes para a relação bilateral”. Na visão do executivo, “num primeiro momento, vale fazer uma perspectiva; colocar na perspectiva que mudanças nos governos, na relação bilateral, são uma constante”.

Grande apreensão

“A cada dois anos há eleições, ou nos Estados Unidos, ou no Brasil, com possibilidade de mudança de governo, isso é uma variável já incorporada na atuação, tanto política, como também das empresas. É claro que há uma apreensão grande com as medidas e com a política. Com a nova política da istração americana, há uma atenção sobre impactos macroeconômicos que podem ter efeito sobre o mundo todo, e também sobre a economia brasileira e, obviamente, também na política comercial, que ficou muito em voga durante a campanha”, disse.

Acompanhar as grandes mudanças 

Do ponto de vista dos analistas brasileiros, das empresas brasileiras, “o mais importante, apontou o CEO, é acompanhar as grandes mudanças, as principais diretrizes. Um ponto que eu chamaria a atenção é que havia uma apreensão grande com a possibilidade de um anúncio de tarifas horizontais, que poderiam alcançar todo o comércio dos Estados Unidos”, ponderou.

Aumento de tarifas 

O executivo da Câmara Americana de Comércio para o Brasil lembrou que, “durante a campanha, Trump mencionou que aplicaria aumentos de tarifas de até 20% contra as suas importações em geral. 60% contra as importações da China. Isso não aconteceu nos anúncios feitos na posse”.

Impactos sistêmicos 

Em relação à moeda norte-americana, Abrão Neto considerou: “a gente está discutindo impactos que são sistêmicos. Obviamente, as medidas que foram anunciadas nesta segunda-feira (20) e vão ser anunciadas ao longo deste mandato, vão ter um efeito no comportamento do mercado”.

Criar factoides

Relações Comerciais Brasil-EUA (Crédito:Bruno Spada, Câmara dos Deputados)

Comentando as sobre as relações Brasil-EUA, a partir de Trump, o deputado Bohn Gass (PT/RS) disse ao Repórter Brasília, “que Donald Trump cria factoides, discursos que não se viabilizam, procurar inimigos comuns, ou assim, jogar a força contra um, identificar um inimigo que tem que ser combatido”.

Sentimento da América 

Para Bohn Gass, “Trump quer projetar no decréscimo que está os Estados Unidos na competição mundial com a China, ele quer ter esses anos de ouro. Ele tem que fazer esse discurso para criar esse sentimento da América”.

Relação Comercial importante 

Brasil e Estados Unidos têm uma relação comercial muito importante. No setor, no segmento de serviços, no ano ado (2024), as trocas bilaterais superaram 80 bilhões de dólares. O Brasil teve recorde nas suas exportações para os Estados Unidos, mais de 40 bilhões de dólares. E as importações brasileiras vindas dos Estados Unidos também aumentaram.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

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