
Em um momento em que o Rio Grande do Sul enfrenta os reflexos de uma das maiores tragédias climáticas de sua história, a mobilização institucional ganha ainda mais relevância. Foi com esse espírito que o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Claudio Bier, apresentou em Brasília a Agenda Legislativa da Indústria 2025, um documento que sintetiza propostas prioritárias da indústria gaúcha em tramitação no Congresso Nacional.
Resgate da força política
A entrega do material a deputados e senadores, na noite desta terça-feira (10), representa mais do que uma iniciativa corporativa: simboliza o resgate da força política gaúcha e a busca por um novo ambiente de cooperação entre os representantes do Estado no Parlamento.
Unidade além das diferenças
Durante o encontro, Claudio Bier foi direto ao ponto: é necessário que a bancada gaúcha atue de forma unificada, superando divergências partidárias em nome do desenvolvimento regional. “Outros estados demonstram essa maturidade política. Divergem em muitos temas, mas se unem em defesa de seus interesses. É isso que precisamos fazer pelo Rio Grande”, afirmou.
Competitividade industrial
A mensagem é clara e oportuna. Num cenário de polarização exacerbada, torna-se urgente que nossos representantes priorizem o que realmente importa: a reconstrução econômica e social do Estado, severamente impactado por catástrofes naturais e pela perda de competitividade industrial.
Propostas com impacto concreto
A agenda entregue pela FIERGS resulta de um minucioso estudo técnico sobre os projetos que afetam diretamente a indústria gaúcha. Entre as 28 propostas mapeadas, uma ganha destaque: a PEC 27/2023, que cria o Fundo Constitucional do Sul. De autoria do deputado Toninho Wandscheer (PP/PR), a proposta já reúne apoio de quase 200 parlamentares e representa uma chance real de fomentar investimentos estruturantes nos estados do Sul.
Recuperação da economia
A articulação da FIERGS para incluir a PEC na agenda nacional da indústria reforça a seriedade do trabalho. Trata-se de uma pauta legítima, com potencial de contribuir significativamente para a recuperação e o futuro da economia gaúcha.
Um chamado à responsabilidade política
O gesto da FIERGS é mais do que institucional: é um chamado à responsabilidade da classe política. O momento exige menos discursos divisionistas e mais ações efetivas. O exemplo de coesão entre bancadas de outros estados, como a do Nordeste, deveria inspirar nossos parlamentares.
União e visão de futuro
Mais do que nunca, é hora de defender o Rio Grande do Sul com união, compromisso e visão de futuro. Que os deputados e senadores compreendam a gravidade do momento e deixem de lado os antagonismos partidários. Que a defesa da população e da reconstrução do Estado fale mais alto que qualquer cor ideológica.
As cores que importam
Não se trata de esquerda ou direita. O que está em jogo são as cores que verdadeiramente representam o povo gaúcho: verde, vermelho e amarelo, da bandeira que orgulhosamente carregamos. Que essas cores sirvam como símbolo de um novo pacto político em defesa do nosso Estado.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa